terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rabiscando futuros

    Não sei se deixei de pintar por falta de inspiração ou por falta de tintas. Talvez por exigir demais de mim e nunca estar suficientemente perfeito. Talvez por não conseguir reproduzir aquilo que tinha imaginado ou por conseguir mas, depois, não ficar totalmente satisfeita com o que planeei. Talvez por as cores não combinarem como eu gostaria ou porque eram muito monótonas.
    Se há coisa que nunca combinou comigo foi a monotonia. Matava o interesse e a curiosidade pelo que vinha a seguir, tornava tudo demasiado previsível tirando toda a graça do que viria amanha. Sei que até posso pedir demais, querer demais, exigir demais, mas só ao pôr-me à prova sei do que sou realmente capaz.
    A vida é semelhante a isto, é como uma tela em branco, cada um é dono do seu pincel e da sua tinta, livre para ir rabiscando o seu futuro.
    Hoje eu fiz-me à vida e fui à procura das tintas. Hoje eu comecei por rabiscar a minha vida. Hoje eu tentei voltar a pintar e pintei, um smile feliz :) e tudo indica que à semelhança do smile, será assim o meu futuro próximo, FÉRIAS :)
    Podemos exigir até demais de nós mesmos, mas no fim, tudo compensa :)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Crise do primeiro quarto de idade

      Ontem dei por mim a sentir falta. Não sabia ao certo de quê, mas sei que sentia saudade do que um dia fui. Um dia fui tão cheia de tudo, cheia de ambições, de sonhos, de conhecimentos e agora sinto-me tão vazia.
      É como dizia ontem, sinto-me uma barbie vazia, já não sei ou não me apetece fazer nada. Antes ficava feliz por pintar, por desenhar, sabia personalizar esta porcaria em HTML e sabia fazer montagens/imagens brutais em photoshop, passava tardes a aprender musicas novas na guitarra ou no piano, fazia tapetes mudava a minha própria roupa e ainda fazia mais qualquer coisinha que aparecesse na altura.
      Antes tinha aulas, andava no ténis e no judo e ainda assim tinha tempo para isto tudo. E agora não faço nada e dou a mais reles desculpa de todas, "não tenho tempo pra isso". Quando finalmente reparei no que me tornei, quero voltar a fazer tudo mas tenho de estudar.

Parece que costuma existir uma crise da meia idade. Bem, eu estou a ter uma crise de menos de um quarto da idade. E acreditem, ela está a ser bem dura :|



Ah, quase me esquecia, obrigada a todos os que vem ler os meus devaneios momentâneos. Prometo que depois de 4a (o meu último exame) venho cá escrever mais vezes :)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crónicas do meio-termo

    Se há coisa que nunca gostei e me irrita profundamente, são os meios-termos. Ou anda ou não anda, ou bebe ou não bebe, ou é bonito ou não é. Não há cá meio cheio ou meio vazio. Os meios não enchem a alma a ninguém, no máximo iludem. E nenhum de nós quer viver uma ilusão.
   Vocês ficam felizes quando perguntam "Então, está bom, gostaste?" e respondem "Talvez" ou "Mais ou menos". E assim ficamos a pensar "Mas isso é bom ou mau?", "Não foi tão mau quanto poderia ser mas não foi tão bom quanto esperaria". "Então em resumo, foi como?" Foi"nhé".  O meio-termo não faz ninguém feliz!
   Já dizia a Marilyn Monroe "Não me alimento de 'quases', não me contento com a metade! Nunca serei sua meio amiga, ou seu meio amor... é tudo ou é nada. Não existe meio-termo"
   Um dia, vocês vão-me dizer se conhecem alguém que um dia teve um "tudo" e que agora se contenta com um bocado só.

Cinzento colorido

Eu só quero um génio da lâmpada, uns pós de perlimpimpim, uma estrelinha daquelas a quem se pede desejos ou simplesmente um destino. Só peço algo ou alguém que consiga concretizar a minha vontade enorme de ser feliz.
Adorava poder pôr de lado o meu orgulho sem entrar em queda livre. Adorava que os segundos parassem ou que pelo menos não corressem tão rápido quando não os olhamos de frente. Adorava não me tornar uma menina crescida, que começa a preocupar-se com tudo e com nada. Adorava não chegar à fase do "vai-se andando" e do "a vida é mesmo assim". Adorava agir como se não tivesse de dar satisfações a ninguém. Adorava dizer mais vezes não, quando acabo por dizer sim. 
Mas serei sempre assim, farei sempre isso, enquanto me esquecer do porquê não o ser. E agora, acho que me estou a lembrar do porque de não o ser novamente. A vida vai ter sempre uma parte mais cinzenta, cabe-nos a nós dar-lhe cor, dando assim vida à própria vida. :)



É isto, é tudo um pouco. Um pouco que quando se trata de ti, vira muito.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Há dias que não são dias


Há dias que não são dias, são meses. Se fosse relatado o que se passa nesses dias, dava um livro, pelo menos. Ontem e hoje foram dias desses, dias carregadinhos de sumo, que é como quem diz, tudo o que é bom e mau também. Relevantes foram também as revelações.  ;)   (boa piada bá, quase conseguias!)
Balanço dos dias: ESTRANHOS, aprendi que gosto especialmente de pessoas que mandam bocas para o ar, tãaaaao ingénuas (ou não), só para tentar 'tirar nabos da púcara' como se diz vulgarmente.
Vou então hibernar no meu perfeito sono de beleza, ou pelo menos, assim espero. Já agora, fiquei parvíssima com o número de visitas ao meu blog! Obrigada caros seguidores, assumidos ou anónimos, trazidos pelo facebook :)



PS- Com vontade de mandar tudo para um certo sítio e fazer a loucura do ano. Tudo porque sim, porque me apetece e porque eu quero. FUM.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Emocionalmente indisponível

Descobri ontem esta nova forma de estar com a vida. Estranho não? Passo a explicar. Duas pessoas. Fartas de relações. Um problema, estão emocionalmente indisponíveis. Basicamente estão fartos de tornarem os seus actos emocionais e querem separar as duas coisas. Ambos decidem que se querem tornar amigos, com benefícios, amigos coloridos, há solução melhor? Pois... Mas nem tudo corre como previsto e obviamente surgem complicações... Nada melhor que verem o filme "Friends with Benefits" para perceberem tudo!
Eu cá nunca entendi muito bem isso das amizades coloridas. Então, isso é uma relação sem compromisso, ou seja, uma relação mas sem a relação? Huuuum... 
A conclusão que eu tiro do filme é: nós mulheres, não conseguimos separar o lado emocional pois é exactamente esse ingrediente que torna tudo diferente.
E sem duvida que a frase do filme é "Não interessa com quem passamos uma sexta-feira à noite, mas sim com quem vamos estar no sábado"